A arte da comunicação: uma dose de sabedoria para a intensidade do final de ano
- Uttana

- 25 de nov.
- 2 min de leitura
Fim de ano: prazos encurtam, demandas aumentam, emoções se intensificam. É quando as engrenagens organizacionais giram mais rápido e, ironicamente, quando mais precisamos de pausas para respirar.
Nesse contexto, a comunicação deixa de ser uma habilidade desejável e se torna uma competência essencial — tanto para o bem-estar das pessoas quanto para os resultados intencionados.
Na Uttana, costumamos dizer que não existe transformação sem comunicação. E não estamos falando apenas de clareza nas palavras, mas de uma escuta que sustenta relações, de uma fala que expressa o que importa sem ferir, de um ambiente que favorece trocas mais honestas e colaborativas.
Boa parte dos conflitos e ruídos (de fim de ano ou não) não nascem das diferenças, mas da forma como nos comunicamos diante delas. O tempo reduzido e o cansaço acumulado acionam nossos atalhos mentais: julgamos mais rápido, ouvimos menos, reagimos no automático.
É nesse ponto que práticas como a Comunicação Não Violenta (CNV) fazem diferença.
A CNV nos convida a desacelerar para conseguir nomear com precisão o que está em jogo em uma conversa. Para isso, trabalhamos com quatro dimensões fundamentais:
Observação: Separar os fatos da nossa interpretação sobre eles.
Sentimento: Nomear com honestidade o que sentimos diante da situação.
Necessidade: Reconhecer o que está por trás desse sentimento — qual necessidade não está sendo atendida e causa esse ruído ou tensão?
Pedido: Formular uma ação concreta que possa enriquecer a relação.
Essas quatro dimensões formam uma base prática e relacional para conversas difíceis, momentos de sobrecarga ou situações de desalinhamento — especialmente comuns no fim de ano.
Comunicar é um ato sistêmico. Usando as lentes do pensamento sistêmico, compreendemos que por trás de cada evento de comunicação truncada há padrões, estruturas e crenças. Ou seja, cada e-mail mal interpretado ou reunião desgastante é só a ponta do iceberg.
Mais do que acelerar, é hora de afinar. Afinação não é suavizar conflitos, é criar espaço para que os reais desconfortos possam emergir e ser elaborados com respeito. É isso que praticamos nos workshops de comunicação: menos sobre “falar bonito”, mais sobre “falar o que precisa com clareza e cuidado”.
Se comunicação é arte, talvez o fim de ano seja sua tela mais desafiadora — e mais importante.






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