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O que são intervenções comportamentais e nudges

  • Foto do escritor: Uttana
    Uttana
  • 20 de mai.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de jun.

"Tudo importa. E isso pode ser empoderador — ou paralisante."


Nossas decisões não são tão racionais ou livres quanto gostaríamos de acreditar. Elas são profundamente influenciadas pelo modo como as opções são apresentadas, pela forma como a informação é comunicada e pelo ambiente ao nosso redor. É aqui que os conceitos de “Nudge” e “Intervenções comportamentais” entram como ferramentas poderosas no contexto de tomada de decisão.


Nas Ciências Comportamentais, um Nudge é qualquer mudança sutil no ambiente de decisão que muda (ou influencia) o comportamento das pessoas de forma previsível, sem restringir opções ou impor incentivos. Eles atuam ajustando a forma como as escolhas são apresentadas — como tornar uma opção padrão, organizar visualmente alternativas ou oferecer lembretes contextuais — sempre preservando a autonomia da pessoa. Um exemplo simples de nudge é uma escola que expõe opções de alimentos saudáveis na altura dos olhos das crianças. A proibição de alimentos industriais e com açúcar na cantina já não se encaixa na definição de nudge.


Já as Intervenções Comportamentais são um conceito mais amplo, também conhecidos como "mudanças sistemáticas de comportamento", que englobam não apenas os nudges, mas também estratégias mais estruturadas, como ações educativas, reestruturação de processos ou reformulações de comunicação. Ambas se baseiam nas ciências comportamentais, mas diferem na intensidade e no grau de intervenção sobre o comportamento. O termo Nudge surgiu com Thaler e Sunstein, que propõem a ideia de “paternalismo libertário”: orientar as pessoas em direção a melhores decisões, mas sempre preservando sua autonomia. Nudges e intervenções comportamentais podem ser sutis ou explícitas, mas ambas partem do mesmo princípio: compreender as pessoas como elas são — e não como gostaríamos que fossem. Isso não significa manipular ou controlar — significa reconhecer que o modo como organizamos ambientes, comunicações e processos tem impacto real no comportamento humano. E que, com responsabilidade, podemos desenhar esses elementos para promover bem-estar. Thaler afirma na edição final de Nudge que a ideia de que “tudo importa” pode ser tanto libertadora quanto paralisante.


Se tudo importa, então cada pequeno detalhe — o texto de um e-mail, a ordem de uma lista, a forma de um botão — pode ser desenhado com intenção. Isso é empoderador, mas também nos chama à responsabilidade:


Como estamos influenciando as decisões das pessoas? Estamos facilitando ou dificultando caminhos melhores? Na Uttana, usamos nudges e outras intervenções comportamentais para apoiar organizações que desejam tornar as decisões mais fáceis e em benefício das pessoas. Isso vale para áreas como bem-estar dos colaboradores, cultura organizacional, aprendizagem e gestão de mudança.


Aplicar nudges e demais intervenções comportamentais requer um olhar sistêmico. Não basta focar em um indivíduo, em um time, ou um desafio específico; é preciso considerar os contextos institucionais, sociais e estruturais que moldam comportamentos. Isso significa entender que escolhas são feitas em ambientes com pressões reais, e que as soluções eficazes precisam dialogar com essa complexidade.


Por isso, uma boa pergunta para começar é: sua organização está desenhando ambientes que ajudam — ou que atrapalham — as boas decisões?


Na dúvida, vale lembrar: a forma como estruturamos as escolhas não é neutra. E isso, quando bem feito, pode ser parte da solução. Quer saber mais? Converse com nosso time.

Referências Thaler, Richard H.; Sunstein, Cass R.. Nudge: The Final Edition (pp. 241-242). Kindle Edition. 

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